Volkswagen Virtus Os Problemas que Podem Virar Dor de Cabeça para Proprietários
O Volkswagen Virtus chegou ao mercado brasileiro em 2018 com a promessa de ser um sedã moderno, confortável e eficiente. Com o fim do Voyage, o Virtus se consolidou como a única opção de sedã compacto da marca, oferecendo um amplo espaço interno e um porta-malas generoso de 521 litros. Em 2023, passou por uma reestilização e recebeu a versão TSI 170, com potência reduzida para 116 cv e torque de 16,8 kgfm.
Apesar de suas qualidades, o Virtus também acumula queixas de proprietários, incluindo problemas estruturais graves e furtos frequentes de componentes caros, como o sensor do piloto automático adaptativo (ACC). A seguir, veja os principais defeitos do sedã e os custos que podem surgir para quem possui ou deseja adquirir o modelo.
Guia do Conteúdo
Eixo traseiro trincado preocupa donos do Virtus
Um dos problemas mais graves registrados por proprietários do Virtus é o surgimento de trincas no eixo traseiro. Esse defeito já motivou um recall no SUV T-Cross, que compartilha a mesma plataforma, mas nunca foi reconhecido oficialmente pela Volkswagen como uma falha no Virtus.
Muitos motoristas descobriram o problema ao levarem o carro para revisão, quando mecânicos notaram rachaduras na estrutura. Algumas pessoas relataram barulhos estranhos na parte traseira do veículo antes da falha ser identificada. No entanto, a Volkswagen costuma alegar que as trincas são consequência de impactos, como buracos e lombadas, e por isso não cobre o reparo dentro da garantia.
O custo da substituição do eixo traseiro pode ultrapassar R$ 5.000, tornando-se um grande prejuízo para os donos. Como essa peça faz parte da estrutura do carro, rodar com um eixo trincado representa um enorme risco para a segurança dos ocupantes, pois pode comprometer a estabilidade do veículo.
Furtos do sensor de ACC e do emblema dianteiro causam prejuízo
Outro problema frequente enfrentado por donos de Virtus é o furto do sensor de ACC, que fica posicionado atrás do emblema dianteiro da Volkswagen. Esse equipamento é responsável por controlar o piloto automático adaptativo, uma tecnologia que ajusta a velocidade do carro automaticamente conforme o tráfego.
Criminosos conseguem furtar esse sensor facilmente ao remover o emblema frontal da marca, pois a peça não tem proteção eficiente contra esse tipo de crime. O prejuízo pode ser grande, já que a reposição do sensor, do emblema e da mão de obra pode custar até R$ 10.000.
Em modelos mais novos do Nivus e do T-Cross, a Volkswagen desenvolveu um sistema antifurto para o sensor ACC, dificultando a remoção da peça. No entanto, a montadora não confirmou se esse reforço será aplicado no Virtus, deixando muitos proprietários vulneráveis a esse tipo de crime.
Motor com desempenho reduzido após reestilização
Com a atualização de 2023, o Virtus passou a ser oferecido com a versão TSI 170, que é uma configuração menos potente do motor 1.0 turbo. A mudança fez com que a potência caísse de 128 cv para 116 cv, enquanto o torque foi reduzido de 20,4 kgfm para 16,8 kgfm.
Apesar da alteração ter sido feita para reduzir o consumo de combustível e atender às novas normas de emissões de poluentes, muitos motoristas reclamam da perda de desempenho. O carro se tornou menos ágil, principalmente ao realizar ultrapassagens ou carregar passageiros e bagagem.
Quem dirige um Virtus TSI 170 nota que o motor precisa ser mais exigido para entregar respostas satisfatórias, o que pode anular a economia de combustível prometida pela Volkswagen. Além disso, em trechos de subida ou rodovias, a redução de torque faz com que o carro exija mais trocas de marcha, tornando a condução menos confortável.
Problemas elétricos também são alvo de reclamações
Outro ponto que preocupa os donos do Virtus são os problemas elétricos que surgem com o tempo. Entre os mais comuns, estão falhas no painel digital, mal funcionamento dos sensores de estacionamento e problemas na central multimídia, que pode travar ou reiniciar sozinha.
Além disso, alguns motoristas relatam falhas na injeção eletrônica, que podem causar dificuldades na partida ou perda momentânea de potência. Esses problemas, embora não sejam generalizados, acontecem com frequência suficiente para gerar reclamações nos sites especializados.
O custo para reparar falhas elétricas no Virtus pode variar de acordo com a gravidade do problema. Em alguns casos, atualizações de software resolvem a questão, mas em outros, é necessário substituir componentes eletrônicos, o que pode gerar despesas inesperadas para os proprietários.
O que diz a Volkswagen sobre os problemas do Virtus
A Volkswagen afirma que todos os seus veículos passam por rigorosos testes de qualidade e que seguem os mais altos padrões do grupo. Sobre os furtos do sensor ACC, a marca desenvolveu um sistema antifurto para outros modelos, mas não confirmou se pretende aplicá-lo ao Virtus.
Em relação às trincas no eixo traseiro, a empresa trata cada caso individualmente e não reconhece a falha como um defeito de fabricação, alegando que danos estruturais podem ocorrer devido a impactos durante o uso.
Já sobre a redução de potência do motor 1.0 turbo, a Volkswagen defende que a mudança foi feita para melhorar a eficiência energética do modelo e que o Virtus continua sendo um dos melhores sedãs compactos do mercado.
Vale a pena comprar um Virtus?
O Virtus continua sendo um dos sedãs mais vendidos do Brasil e tem pontos positivos como bom espaço interno, acabamento agradável e tecnologias modernas. No entanto, os problemas estruturais e os altos custos de manutenção podem ser um fator decisivo para quem busca um carro confiável.
Antes de comprar um Virtus, é recomendável verificar se a unidade escolhida não apresenta trincas no eixo traseiro e considerar medidas de segurança extras para evitar furtos do sensor ACC. Além disso, para quem busca desempenho, a versão TSI 170 pode não ser a melhor opção, já que oferece menos potência e torque do que a configuração anterior.
No fim das contas, o Virtus pode ser um bom carro para quem busca conforto e espaço, mas os donos devem estar preparados para lidar com possíveis problemas e custos inesperados.
Fim da Notícia!
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